Devocional 17 - Acostumados com a lama



“Não ofereçam os membros do corpo de vocês ao pecado, como instrumentos de injustiça; antes ofereçam-se a Deus como quem voltou da morte para a vida; e ofereçam os membros do corpo de vocês a ele, como instrumentos de justiça. Pois o pecado não os dominará, porque vocês não estão debaixo da Lei, mas debaixo da graça.” (Romanos 6.13-14)

Já tive oportunidade de participar de uma dinâmica de acampamento, em que o mergulho num poço de lama era o desafio para todos os jovens. Eu era apenas um visitante, mas como imaginei que iriam me jogar no poço, decidi me adiantar e pular logo no início, assim me livraria da pegadinha. O poço era fundo e a lama quase preta e muito úmida, tanto que após o mergulho só dava para ver o branco dos olhos e os dentes dos aventureiros da lama.

Depois do mergulho o local de banho ficava há uns cinco quilometros do poço, sendo necessário caminhar no sol quente até chegar ao local onde havia água limpa. Os primeiros momentos foram horríveis, lama em todo o corpo, mas, surpreendentemente, a medida que caminhávamos, íamos nos acostumando com o barro impregnado, a ponto de não causar mais tanto incômodo como no primeiro contato.

Assim é que fica nosso corpo quando mergulhamos no lamaçal da impureza sexual, quando enlameamos nossa mente com a pornografia, imagens animalescas, brutas, deformadoras daquilo que é natural, vamos sentir uma repulsa inicial até que nos acostumamos com a lama do pecado e nem sentimos mais falta da purificadora Palavra de Deus.

Lama é lama, sujeira será sempre sujeira, pecado será sempre desastroso diante das recomendações divinas. Não podemos nos acostumar com a lama, seja qual for o grau da impregnação, quero dizer, pouco ou muito pecado sexual, pensamento ou ação impura, precisamos do poder purificador do sangue de Jesus.

Enquanto o governo propaga a camisinha, nós propagamos a abstinência como forma mais coerente e saudável de prevenção contra as doenças sexualmente transmissíveis. Enquanto a sociedade anuncia e exalta a separação como fórmula da felicidade, nós queremos fidelidade acima de qualquer desejo pessoal, compreendendo que até que a morte nos separe, fomos feitos um para o outro e com honra, respeito e submissão mútua, vamos vivendo para a glória de Deus.

por Pr. Armando Bispo em 24/11/2010

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